Tão distante jaz o tempo
Da tua infância,
E ainda me cobra os erros
Que poderei ter cometido cegamente.
Às vezes,
Sinto-me mãe
Nem sempre presente,
Fruto maduro caído e dormente,
Mergulhado no desejo de te saber feliz.
Tão distante jaz o tempo
Das histórias contadas para te fazer dormir,
Dos sussurros, das mãos dadas,
Das memórias de sorrir.
Agora,
Tão distante quanto o tempo,
Escondes dúvidas a pensar
Que já sabes tudo…
Mas que as pontas soltas
Em que tu negas tropeçar
São o que asfixia meu coração silente!
20/06/2011
Ana Martins